"Ex-alunos negros cotistas da UERJ - os desacreditados e o sucesso acadêmico" Daniela D. Valetim

Acompanhei um pouco, via bate-papo online, a feitura da tese de doutorado de minha amiga Daniela Frida Drelich Valentim, "Ex-alunos negros cotitas da UERJ - os desacreditados e o sucesso acadêmico", publicada recentemente também em livro. Em primeiro lugar gostaria de dizer que, além de escrever muito bem e de ficar evidente sua paixão pelo tema para o qual pesquisou muitíssimo, me encantei com sua ideia de focar sua pesquisa no lado humano da questão da política de cotas raciais nas universidades do país (no caso, os 16 ex-cotistas da UERJ, ingressados no período de 2003 a 2005, e entrevistados por ela, os quais relatam suas experiências pessoais na vida acadêmica). Também gostei de saber mais sobre sua própria experiência neste processo de pesquisa, como encontrar esses alunos, o preconceito inicial sentido por ela - mulher e branca - de realizar pesquisa deste tipo, afora uma breve história da UERJ. Parabéns, Daniela!

"Inverno do mundo" - Ken Follet

Outro livrão, literal e figurativamente falando, do Ken Follet. Neste segundo volume da trilogia "O século", ele mistura novas personagens às antigas -as quais ou vão morrendo ou saindo de cena gradativamente, conforme os anos passam e seus filhos crescem e o enredo particular e mundial se desenvolve. O início é meio parado, quase chatinho, mas depois, não dá para parar de ler.

"A interpretação do assassinato" Jed Rubenfeld

Gostei desse romance policial que se passa em Nova York do início do século XX e achei engenhosa a ideia do autor de usar as figuras de Freud e Carl Jung na sua estória, como uma espécie de assessores na resolução do crime. Mas, infelizmente, na minha opinião, poderiam ter sido melhor aproveitados. Mas vale a leitura.

"O redentor", de Jo Nesbo

Como a trilogia "Millenium", este thriller policial do autor norueguês Jo Nesbo, prendeu minha atenção do início ao fim, e seu final é realmente surpreendente. Adorei.

"Tempo é dinheiro", Lionel Shriver

Da mesma autora de "Precisamos conversar sobre o Kevin", o qual minha amiga Tuca leu e detestou, "Tempo é dinheiro" gira em torno de dois casais - amigos de longa data -, doenças, o sistema norte-americano social e de saúde, sonhos engavetados, frustações latentes. Gostei da forma como a autora manteve seus personagens fiéis a eles mesmos do início ao fim, mas não posso dizer que seja uma leitura agradável, dado o tema espinhoso, apesar do final (mais ou menos) feliz que o personagem principal merecia.

Mais dois romances - Edney Silvestre

Ambos trazem uma escrita rápida e envolvente, porém gostei bem mais de "Se eu fechar os olhos agora". Neste, dois meninos, em meados dos anos 60, tentam elucidar um crime na cidadezinha onde vivem, encontrando ajuda para tal na figura de um velho desconhecido - crime este que os marcaria subjetivamente para o resto de suas vidas. Já o segundo, "A felicidade é fácil", me pareceu estereotipado; centra-se na vida de um publicitário corrupto ligado a um governo também corrupto, uma quadrilha internacional que efetua um sequestro de criança errada, retratando um mundo todo errado.

"Cleópatra", de Stacy Schiff

Não se trata de um romance histórico, mas sim de uma biografia. Um livro para se ler devagar devido às muitas informações não apenas sobre Cleópatra, Cesar e Marco Antonio, o Egito e Roma antigos, a ascendência e descendência da rainha do Egito, mas também à citação dos autores da época e posteriores, cujos comentários a autora Stacy Schiff fez um grande levantamento e cruzamento de dados resultando num livro muito rico de detalhes interessantes.

dois livros legais de Mary Del Priore

Mais dois livros legais que Dorita me emprestou recentemente: neste primeiro, "A carne e o sangue", a autora nos conta sobre o relacionamento de Pedro I com Leopoldina e a Marquesa de Santos. Logo no início ela faz um panorama político e social do reino, da vida na cidade - e foi bom ter lido anteriormente o livro "O império é você", de Javier Moro, para me situar melhor na época e lugar, pois ele o fez de modo mais detalhado, como deveria ser mesmo. Já no segundo, "Histórias íntimas", Mary Del Priore relata a evolução dos costumes sociais e sexuais, especialmente do Brasil, do período de Pedro I aos dias de hoje, contando curiosidades, esquisitices e contradições de nossa sociedade. Para quem desde pequena usou e via biquinis como coisa natural, é realmente surpreendente pensar que foi um dia escandaloso.

"Tudo posso, mas nem tudo me convém" - Dra Gisela Savioli

Minha amiga Leila falou à beça sobre as entrevistas da Dra Gisela Savioli, me indicando inclusive o livro "Tudo posso, mas nem tudo me convém", que meu irmão comprou e li. Achei interessantíssimo saber mais sobre Nutrição Funcional, do porquê pessoas têm dificuldade em emagrecer, da química particular de cada organismo a reagir metabolicamente a diferentes alimentos (como a alergia ao glúten, por exemplo), de saber que o esforço de descer três degraus equivale a subir um; do porquê se alimentar de três em três horas e a explicação da importância do sono e do intestino em nosso bem-estar. Talvez por ser uma linha nutricional bastante individual haja a necessidade de consulta (o que não é mau) e a dra neste livro não sugere nenhum passo-a-passo alimentar, apenas recomenda enfaticamente o que não se pode ingerir (como p ex, leite e seus derivados, milho). Por outro lado, me sinto sempre uma besta quando a medicina reprova categoricamente determinado alimento para depois "liberá-lo" (ou vice-versa) e ficamos sem saber, de fato, o que vale ou não - sem contar a impotência que se sente de, vivendo num ambiente poluído, desconfiar da procedência dos alimentos, em geral tão cheios de hormônios e pesticidas, enquanto os de origem orgânica (sabe-se lá até que ponto são realmente isentos destes poluentes?) não se tornam comuns e mais baratos. Pelo sim, pelo não, penso que "moderação" é a palavra-chave.

Perfume bom...!

Passamos ontem, no final da tarde, num quiosque de flores e senti o perfume inconfundível dessa flor, Angélica; trouxemos uma para casa, of course :)

"O rei da roleta - a incrível vida de Joaquim Rolla"

Logo no início achei um pouco confuso o modo como os autores recorreram ao recurso da passagem de tempo (de uma cena de Joaquim Rolla nos anos 40 para lembranças de sua infância); contudo, ou me acostumei a elas ou se tornaram melhor conduzidas. O fato é que adorei o livro, conhecer um pouco mais do tempo de Getulio Vargas, Juscelino Kubitschek, Carmem Miranda, Lacerda e como foi a vida deste mineiro que, de tropeiro, se tornou um grande empreendedor não só do jogo como também do mundo dos espetáculos naquela época de ouro do rádio e de um turismo então incipiente. Achei tão bacana que, movida pelo interesse curioso, até fui pesquisar sobre o hotel Quitandinha e o Cassino da Urca.

"O império é você" - Javier Moro

Terceiro livro deste autor, Javier Moro, que eu adorei. Polêmica sobre D. Pedro I à parte, é um destes livros que devoro, gostando de aprender e conhecer mais sobre história - neste caso sobre a família real, detalhes sobre a vida no Rio de Janeiro e do país então; a amante mais famosa do imperador, a Marquesa de Santos; sobre a imperatriz Leopoldina e José Bonifácio (saber que ele gostava de dançar lundu foi uma surpresa! Nada a ver com a figura sobre a qual aprendi na escola), e, por último mas não menos importante, o papel de D. Pedro I, já de volta à Portugal, na batalha para a retomada do trono para sua filha. Única coisa que realmente me incomodou foi a falta de uma boa revisão final do texto no livro todo nesta edição. Espero que a editora já tenha consertado isso.

mar à vista

"As esganadas", Jô Soares

Neste livro Jô Soares conta a estória de um sujeito, dono de uma funerária, o qual, em decorrência da raiva enrustida que sentia de sua mãe (uma doceira portuguesa obesa), passa a atrair e matar mulheres obesas com doces num cenário do centro de um Rio de Janeiro da década de 40 e onde três policiais e uma jornalista se ajudam mutuamente a desvendar o mistério. Achei divertido, embora as passagens (ainda que breves) do radialista narrando os crimes e, especialmente, passes do jogo final da Copa entremeando a cena em um capítulo tenham sido bem chatinhas.

"Winston Churchill - minha mocidade"

Bacana conhecer mais sobre Churchill nesta autobiografia onde ele relata fatos de sua mocidade, o ingresso na escola de oficiais, sua passagem pela India, Egito e Africa do Sul (e algumas batalhas nas quais participou e a forma como eram feitas antes do maior armamento que surgiria na Primeira Guerra Mundial), sua carreira de jornalista/correspondente de guerra e posteriormente seu ingresso na política. Interessante saber que foi péssimo aluno, chegando a crer que não teria futuro algum a menos que seguisse a carreira militar. E o episódio de sua prisão e fuga, na guerra dos boêres onde atuou como correspondente, daria um filme e tanto - não sei como ainda não fizeram.

"A vaca na estrada"

Tive a impressão de que o autor, Lúcio Martins Rodrigues, talvez tivesse tido a intenção de apenas rememorar a viagem feita com um amigo francês, de carro, nos anos 70, de Paris a Katmandu - daí o título do livro "A vaca na estrada, de Paris a Katmandu"- porém entremeia a narração com lembranças de viagens posteriores e faz contrapontos com aquela sua primeira viagem e outras, o que não é demérito algum, ao contrário, torna o livro mais interessante, especialmente por trazer um olhar brasileiro. Como eu adoro conhecer outras culturas, ainda mais aquelas para onde jamais pensaria em visitar, como India, Afeganistão, Nepal, gostei do livro do início ao fim!

O poder da música na memória

Lembrei de repente de uma estrofe de uma canção que não ouvia há muito, muito tempo. Brotou da memória, tão cristalina quanto a voz da cantora, me remetendo de imediato à época, ou melhor, a um momento específico quando a ouvia com mais frequência e corri para procurá-la no youtube onde a encontrei. E súbito, mesclando uma alegria tranquila e certa melancolia, voltei aos meus 14 anos, àquele caminho pelo Horto, por onde David H. namorado de minha irmã costumava usar para chegar à Barra da Tijuca e eu, quase sempre junto, de "vela" - o que era provavelmente chato para eles :) e poderia ser chato para mim, mas não foi jamais - e então no fusca cor de tijolo ouvíamos a reprodução numa fita Kodak o album do Renaissance, o conjunto que eu mais gostava na época e este em especial, mais valioso ainda pra mim por não ser encontrável por aqui. Impossível dizer quantas vezes a ouvíamos de fato, mas a impressão ficou, marcando cada acorde desta música àquela circunstância e estará para sempre ligada àquele verde todo da vegetação, das curvas daquela estradinha estreita do Horto e a essas duas pessoas, minha irmã e David, que, sem que pudéssemos saber então, me deram um pequeno, simples e agradável presente que venho guardando no coração e que neste momento, ao reouvir a música, desembrulhei da lembrança e a quem me deu vontade de agradecer.

"Conspiração franciscana" e "As filhas da princesa"

Embora não seja empolgante, desses livros que não quero largar, gostei do "Conspiração franciscana", de John Sack que narra a aventura, ambientada quase toda em Assis, de um frei franciscano e uma noviça na idade média para descobrir onde se encontravam os restos mortais de São Francisco - que havia sido roubado e enterrado num lugar secreto por uma confraria religiosa. Interessante os detalhes históricos! Já o segundo livro, "As filhas da princesa", conta fatos passados na família real saudita e/ou com gente conhecida destes, contados por uma princesa saudita e transcritos pela autora Jean P. Sasson; são acontecimentos muito chocantes como por exemplo os surtos de loucura ou de extrema religiosidade (temporários ou permanentes) pelos quais algumas mulheres passam em decorrência de tamanha repressão naquela sociedade; a tara de alguns homens; a dificuldade na educação de adolescentes naquele meio privilegiado da realeza e a existência, ainda hoje, da castração feminina no Egito.

Délices Français

Faz um tempinho abriu em Copacabana uma loja especializada em macarons, chocolates e delícias - e passamos lá hoje.

Alles blau

amei!

Casas antigas

Adoro casas antigas, reparar detalhes. Essas são na Rua Prof Gabizo, Tijuca.

"Nada é o que parece ser", Patricia Highsmith

Gostei à beça dos contos reunidos neste "Nada é o que parece ser", de Patricia Highsmith, que ganhei da Tuca no Natal (brigaduu, amiga!). Dois contos me pareceram sem pé nem cabeça, e a maioria tem um tom bem pessimista, porém sempre muito bem escritos e apreciei particularmente o olhar psicológico sobre cada personagem, coisa que me fez lembrar o estilo de Stefan Zweig, um de meus autores favoritos.

biografia Leonardo da Vinci

Como adoro biografias, aqui vai a dica de outra bem legal, escrita por Sophie Chauveau, sobre Leonardo da Vinci; interessante saber que tinha dificuldade em terminar (quando terminava) projetos (alguns bem megalômanos) os quais iniciava cheio de gás , assim como seu temperamento festeiro, embora também reflexivo e ligado à natureza. Senti falta de gravuras e fotografias.

"falsa espadrille"

Amei essa "falsa espadrille" (digo falsa pois o solado é de borracha) que comprei na Antonella. Gostei tanto que voltei lá para comprar outra, vermelha e branca.

linda mesa para o Reveillon

Que minha irmã, Tati, arrumou pra gente.

Regalos

Que recebi da Tuca e do Eric, seu filho, que tive o prazer de conhecer noutro dia. Brigaduuu!